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As Barcas

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  • 2021
  • M/16
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Levámos os textos de Gil Vicente (A Barca do Inferno, A Barca do Purgatório e A Barca do Céu), tem a base da criação que para nós é como uma viagem.
Os textos e ideias do autor e fundador do Teatro Português, Gil Vicente, alimentaram a nossa criação, e foram transformados numa peça onde as palavras são gravadas nos corpos, envolvendo-os no tempo e espaço que habitam.
A abordagem do mundo medieval, na base do teatro europeu e português, enquadra-se no contexto do trabalho da Companhia sobre textos clássicos. É um investimento na investigação de um tema tão fértil, pela redescoberta que proporciona, de diferentes perspectivas mundiais. Nessas viagens ao passado comum, encontramos o conceito medieval de virar “o mundo de cabeça para baixo” para revelar os seus detalhes, segredos e subtilezas. Este conceito, pelo seu funcionamento, tornou-se uma das dramaturgas subtis da peça. Dramaturgia para a criação dos mistérios contemporâneos.

Para As Barcas desenvolvemos um sistema de trabalho que se desdobra em duas direcções, que tentamos coexistir: a performance e as tecnologias interactivas em tempo real. Voltamos ao tema das viagens. Viagem a um corpo impossível, desconhecido, a um corpo perdido num labirinto vazio de sentidos, condenado, corpo intemporal impossível, virado para o exterior, corpo que se move num espaço para além da vida, num espaço que pertence à morte. No texto procuramos o corpo, o esqueleto, o músculo. Procuramos a sensibilidade debaixo da linguagem, dentro dos segredos e da opacidade dos sentidos, das palavras, como olhares sobre o mundo. Este conjunto de textos faz com que a morte fale de si própria, da sua vida e da forma como a vivem. Estes textos funcionam como espelhos invertidos do mundo, de um tempo. São os textos de um mundo impossível.

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